“Eu gosto muito da vida, gosto muito de viver”
Sentes este calor? Não penses no sol. Pensa em tudo – na areia, no mar, no céu, em mim. Nessa ardente candura passava a minha existência… e a tua. Como os grãos de areia escaldante deslizam, pachorrentamente, pelas mãos e não consegues resistir, perguntando-te se eles sabem o caminho ou é a brisa que os guia. Embalo os sentidos nestes pequenos milagres e finjo tocar-te – a tua pele lisa e incandescente – é como se chegasse a centímetros do sol; os teus cabelos sedosos e ondulados como o mar, ao longe, num vagaroso carrossel em movimento perpétuo; lá em cima são as nuvens os teus lábios, estão agora tão perto que toco cada sopro do teu respirar.
O ocaso vem de socapa surpreendendo-nos quase por acaso. Inspira agora o ar fresco da tarde e eu sigo a luz dos teus olhos. E falo-te ao ouvido, sussurrando sobre novos mundos e maravilhas que quero ver contigo – corada, ficas como uma estrela vermelha envolta pelo escuro da noite. Na fogueira que um relâmpago acendeu para nós, encontravas conforto, ficavas mais um pouco e perguntavas ao fogo se eu te conseguia ver no meio da praia deserta.
Idilicamente, já nada pode correr mal, esquece-te de tudo e procura-me, vê-me em todos e, em ninguém. Diz para ti que são estranhos bastante familiares e, se procurares eu estarei a sorrir; tão estupidamente que se houvesse amanhã, acordava palerma. Só há o presente para nós. Pois hoje é tão certo, tão real e ontem eu já esqueci. É claro que não me esqueci de ti, mas preciso que me ajudes a lembrar. Porque tu sabes – olvidar por um momento pode doer uma vida inteira. Não me deixes nunca esquecer… que gosto muito da vida e de viver.
Sentes este calor? Não penses no sol. Pensa em tudo – na areia, no mar, no céu, em mim. Nessa ardente candura passava a minha existência… e a tua. Como os grãos de areia escaldante deslizam, pachorrentamente, pelas mãos e não consegues resistir, perguntando-te se eles sabem o caminho ou é a brisa que os guia. Embalo os sentidos nestes pequenos milagres e finjo tocar-te – a tua pele lisa e incandescente – é como se chegasse a centímetros do sol; os teus cabelos sedosos e ondulados como o mar, ao longe, num vagaroso carrossel em movimento perpétuo; lá em cima são as nuvens os teus lábios, estão agora tão perto que toco cada sopro do teu respirar.
O ocaso vem de socapa surpreendendo-nos quase por acaso. Inspira agora o ar fresco da tarde e eu sigo a luz dos teus olhos. E falo-te ao ouvido, sussurrando sobre novos mundos e maravilhas que quero ver contigo – corada, ficas como uma estrela vermelha envolta pelo escuro da noite. Na fogueira que um relâmpago acendeu para nós, encontravas conforto, ficavas mais um pouco e perguntavas ao fogo se eu te conseguia ver no meio da praia deserta.
Idilicamente, já nada pode correr mal, esquece-te de tudo e procura-me, vê-me em todos e, em ninguém. Diz para ti que são estranhos bastante familiares e, se procurares eu estarei a sorrir; tão estupidamente que se houvesse amanhã, acordava palerma. Só há o presente para nós. Pois hoje é tão certo, tão real e ontem eu já esqueci. É claro que não me esqueci de ti, mas preciso que me ajudes a lembrar. Porque tu sabes – olvidar por um momento pode doer uma vida inteira. Não me deixes nunca esquecer… que gosto muito da vida e de viver.
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