'If a person were to try stripping the disguises from actors while they play a scene upon the stage, showing to the audience their real looks and the faces they were born with, would not such a one spoil the whole play? And would not the spectators think he deserved to be driven out of the theatre with brickbats, as a drunken disturber?... Now what else is the whole life of mortals but a sort of comedy, in which the various actors, disguised by various costumes and masks, walk on and each play their part, until the manager waves them off the stage? Moreover, this manager frequently bids the same actor to go back in a different costume, so that he who has but lately played the king in scarlet now acts the flunkey in patched clothes. Thus all things are presented by shadows.'
Erasmo de Roterdão in Elogio da Loucura
Uma breve palavra de agradecimento aos que por aqui passaram e perderam algum tempo a ler ou a ouvir música.
Um pedido de desculpas aos que só agora começaram a ler.
Porque, não voltarei a escrever, aqui ou em outro blog.
Numa breve reflexão:
As palavras são só isso. Aqui, deveria ter sido mais evidente, mas não o foi. Não escrevi para ser compreendido, como não insulto a inteligência de ninguém, ao dizer que procuro compreende-los. Prefiro conhecer a pessoa e perceber o que a move, ao invés de me identificar com isso. Tudo é auto-biográfico, ainda que a biografia seja um acto pessoal e subjectivo como todos os outros. Ao longo, de um ou dois anos a ideia foi transformar este espaço num refúgio, num escape. Quis pegar em situações concretas e generalizar o mais possível, para que o leitor não assistisse a um decalque de uma vida para a internet. Portanto, este último post, também não deve ser interpretado como um Deus Ex Machina, à moda da tragédia grega. Tudo tem um propósito num determinado momento e não o renego completamente.
De notar, também que escrevo de modo diferente, não por ambição ou pretenção pseudo-intelectual (até porque, já cometi e cometo erros de escrita). Portanto, e em aparente contradição com o que digo, isto não foi uma Merkabah intelectual.
Gostei de ter aqui perdido alguns minutos (às vezes mais do que isso), gostei de divagar e de conhecer perspectivas diferentes (foi esse o propósito de manter este blog). Mas, hoje quero dormir descansado, sem ritos nocturnos, aprendendo a fechar os olhos à noite para ver bem durante o dia. Os escritos guardá-los-ei para mim, poupando-vos a separação do Eu que fala para um Tu e do Eu que escreve sozinho em frente a um ecrã.
Sem saber bem como acabar: despeço-me, reiterando os meus cumprimentos iniciais.